Aquelas palavras
Hoje venho falar (uma vez mais, eu sei, sou repetitiva, mas isto consome-me), de um tema que por vezes desvalorizamos, ou simplesmente tentamos não dar importância, mas não o devíamos fazer. Cada vez mais, cruzo com pessoas que me “absorvem”, até parece que as sinto sugar-me de tanta sofreguidão, de tanto egoísmo, de tanta necessidade absurda e doentia de me consumir com as suas lamúrias da vida, ou com as suas gabarolices e vaidades.
Não tenho paciência. Não consigo disfarçar muito tempo. Olho para o telefone, passo o dedo na esperança de uma mensagem ou email ou o que seja, que me sirva de pretexto para tentar desviar assuntos, fugir (mesmo que só mentalmente, pois fisicamente já fui repuxada para a teia da aranha).
Já não dá!
Mas hoje, tenho de contar uma conversa, de quase uma hora e meia com um colega (com quem não falava de temas banais, de temas importantes, de cusquices, do que for… à algum tempo), mas achei interessante como no final da conversa disse do outro lado… “Hoje dei-te tanto valor”.
E porquê?... Ora porque esse colega, apanhou uma tarde inteira de assuntos, temas e pessoas das quais fugo diariamente. Pessoas que transparecem tanto o ciúme, como a inveja, a frustração e a intriga… Pessoas que só querem saber e falar da vida de todos em sua volta, que só querem julgar tudo e todos… só porque acham que acham ser pessoas exemplares, acham ser pessoas inteligentes … quando na realidade, nem sequer se sabem comportar na própria pele. E isso…. Isso é tão, mas tão importante sabermos estar na nossa própria pele.
E é bom, que com estas cenas tristes, alguém sinta que afinal, nós somos diferentes, e temos algum valor.