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Bernardo e Margarida

Os dois príncipes do meu palácio. Fui mãe muito tarde. Andamos sempre à espera que seja a altura ideal, mas nunca é. Mas felizmente Deus deu-me um príncipe e uma princesa.

Bernardo e Margarida

Os dois príncipes do meu palácio. Fui mãe muito tarde. Andamos sempre à espera que seja a altura ideal, mas nunca é. Mas felizmente Deus deu-me um príncipe e uma princesa.

(In)Satisfação de clientes

31.01.24 | Alexandra

Hoje foi um dia diferente. Um dia de colocar toda a energia a funcionar.

Já à uns dias, recebi um telefonema de uma colega arquiteta, pois tinha um casal de estrangeiros (ele um alemão de alguma idade, mobilidade condicionada, ela uma brasileira relativamente mais nova) no seu gabinete a pedir ajuda imobiliária. "já cá estiveram à um ano atrás... mas não dei importância, pois não são os primeiros a entrar pela porta dentro, achando que nós "também" trabalhamos no imobiliário...", disse ela numa primeira abordagem... "mas eles voltaram este ano, e desabafaram sobre a desilusão que têm tido com outros profissionais (ou não) da área..."

Depois de algumas trocas de mensagens, houve uma "pressão" da parte deste casal, porque iriam embora no dia seguinte, e queriam conhecer-me, e se possível, visitar um primeiro imóvel.

Confesso que fiquei desconfortável, não gosto desta pressão, fico ansiosa, sem controlo do meu tempo (que tanto estimo). Por sorte, convidei um colega se queria ir comigo, o qual aceitou e organizou a visita ao dito imóvel. Numa primeira parte, ainda à procura dos clientes, supostamente num café indicado, mas que afinal ainda estavam a almoçar, numa outra zona distinta da cidade, o meu colega a dar-me "recados", a stressar pelos minutos a passar, a reclamar pela falta de coordenação dos clientes.... "como é que alguém lhes consegue dar acompanhamento!? assim?... claro que não dá!... ninguém perde tempo com eles.... blá blá blá"...

Era mesmo o que eu precisava ouvir! Aceitei esta visita sem qualquer vontade ou motivação. Se não houvesse um colega para me acompanhar, eu iria inventar alguma desculpa/ imprevisto e teria desmarcado. Não estava com espírito de ir conhecer clientes novos, desiludidos, com péssima impressão deste serviço, de dois pés atrás, a jogar em tudo à defesa... não era dia de conseguir. Este tipo de clientes já desmotivado, não é fácil de criar empatia.

...O meu colega a criar ainda mais desconforto, a criar mais desânimo, a criar mais vontade de ir embora e desistir...

Há dias difíceis, há dias menos bons, há dias em que parece que acordamos com uma nuvem negra em cima de nós. Há dias em que se pudéssemos, não falávamos com ninguém... muito menos ter de disfarçar e mostrar que "está tudo bem", "sou boa profissional", "confiem em mim"... ter de transmitir tudo do melhor, quando estamos no tudo do pior.

Já em casa, com o telefone entre o ombro e o ouvido, a devolver chamadas perdidas, a tentar ouvir as conversas com atenção, receber recados para ainda esta noite resolver, preparar os legumes para a sopa... a miúda a gritar porque sim... mais 2 chamadas em espera (perdidas para devolver). UI. SOCORRO!

Se correu bem? Se os clientes ficaram com boa imagem de nós? Não faço ideia. Veremos.

Pensar no jardim

28.01.24 | Alexandra

Planear o ano...(?)

Muitas coisas a fazer... desde o jardim (de sombra) que já ando à espera de um jardineiro à mais de 1 ano, vou ter de contactar outras opções. É um espaço muito pequeno, sem sol no inverno, muito húmido (junto ao rio), tem de ser feito com algum critério para ficar "vivo", senão, será uma fracasso.

Percebo pouco de jardins, apenas de os desenhar em projeto, mas deixo sempre as plantas, árvores ou arbustos por definir... embora já me tenha sido pedido um estudo com plantas e vegetação recomendada (aceite pela Associação Portuguesa do Ambiente) em zonas controladas a nível de ambiente. Quando isso acontece, dou por mim mergulhada em bibliotecas virtuais de jardinagem, perco-me pelas imagens e desmoralizo com as fichas técnicas (quando não dizem o que eu procuro).

Mas para mim, nunca sei o que gosto, nunca sei o que gostaria, sou demasiado indecisa para as minhas coisas. É mais fácil decidir para os clientes, depois de leitura e análise do que gostam, mais tarde ou mais cedo chego ao que eles idealizam....

Mas para mim... nunca é fácil... nunca é. Mil vezes "aturar" clientes a "aturar-me" a mim. Porque raio sou dificil assim? Porque vejo muitos materiais? Chego a um ponto que já não gosto de nenhum... Porque gosto de tudo? desde que bem conjugado... Porque me canso das coisas? das cores? das texturas? do layout? Que chata!

Fazer um projeto para mim é sempre um poço de indecisões e incertezas. O meu último projeto próprio (a minha casa atual), foi mais do mesmo... sem exagerar, acho que fiz uns 7 a 10 estudos de diferentes até decidir por um. 

Para o jardim que falta... vai ser mais um quebra cabeças. Jardim verde? Jardim seco? Plantas mediterrânicas? Plantas... arbustos...arvores?

Dilema...

O preto

26.01.24 | Alexandra

Há coisas que me suscitam alguma curiosidade, e uma delas é a cor da roupa que vestimos...

Há alturas que não consigo (e quando digo que não consigo, é mesmo, uma espécie de bloqueio) vestir certas cores, porque não consigo ver-me com elas, ou porque nao consigo interiorizar o estado de espírito dessa cor.

Uma das cores "dificeis" de vestir, é o vermelho. Gosto muito da cor. Gosto de ver mulheres de vermelho... mas preciso acordar de manhã com o espirito e mente aberta e leve para a (cor) conseguir vestir.

Lembro-me de ser jovem e adorava andar de preto. Saias compridas (sempre) ou calças. A minha mãe não gostava, dizia que quando ela morresse eu iria vestir vermelho...

Lembro-me à cerca de 2 anos atrás, não conseguia vestir toda de preto, só uma peça apenas era aceitável ao meu pequeno tico e teco. Chegava a vestir de preto de manhã e tirava alguma peça por não me conseguir ver de preto.

Como é que se muda assim? neste momento dou por mim a passar os olhos nos sites de roupas.. e apenas procuro os pretos. Abro o roupeiro... os olhos vão em busca dos pretos... se trocasse de carro, seria preto (mas não).

Hoje foi um dis de reuniões decisivas numa câmara balnear. Pelo menos nestas ocasiões, tento arejar algumas roupitas mais elegantes, pois é sempre um pretexto para saírem do armário. E claro está, tudo preto, pois bem! Nesta fase em que me encontro (se é boa ou má... sei lá eu), se pudesse, todos os dias vestia preto.

Porque será? que coisa! ou adoro, ou não suporto...

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Aprender a aceitar...

23.01.24 | Alexandra

Não gosto de fotos, aliás, detesto mesmo...

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Mas por vezes dou por mim a pensar que um dia quando terminar o meu percurso neste mundo, meus filhos terão poucas recordações minhas, bonitas ou feias, alegres ou tristes, penteada ou despenteada, mais magra ou mais gorda.... seja como for, talvez venham a gostar de rever como foi a mãe deles, assim como eu dou por mim a procurar (quando passo pelo baú das memórias) fotos da minha avó quando ainda cá estava entre nós, de minha mãe mais nova, de mim mais nova, de todos mais novos.... ou seja, os registos da vida que vai passando, e se vai apagando das nossas memórias.

Não temos como armazenar tanta coisa ao longo dos anos. O nosso cérebro é uma espécie de biblioteca, onde as prateleiras se começam a deformar com o peso dos livros mais volumosos, e onde os livros de menor dimensão e  importância, acabam por ser "derrubados" para dar lugar a outros mais necessários, embora por vezes não são os mais importantes, mas são os que precisamos usar com maior frequência. E, aqueles que guardamos com muita estima, de capa bonita, com as recordações do passado... esses, vão ficando na prateleira mais alta, mais escondida.... não por ser menos importante, claro que não, mas porque não temos tempo de usar, e vão ficando esquecidos...

Serei apenas eu que sinto isso com melâncolia?

Vou tentar aprender a aceitar ver-me em fotos. Aliás, tenho de ultrapassar o desconforto da exposição da imagem, cada vez mais vou precisar trabalhar a imagem como profissional... mas.... ai... custa cá dentro!

Sensação levitação

10.01.24 | Alexandra

Para começar bem, com tudo o que se tem direito, já fui apanhada pela gripe. Não fou uma gripe das forte, não fez febre, mas teve uma novidade para mim… uma otite.

Sensação de levitação, desequilíbrio, zumbidos nos ouvidos, e sensação de inchaço.

Acho que nunca tive… tomei tudo o que havia em casa desde início (detesto medicamentos, só tomo em último recurso). Que coisa estranha, levantar e ter sensação de que vou cair algures, em qualquer lugar…

Mas lá fui ao médico, e já tenho um saco de medicamentos em casa, desde antibiótico e paracetamol, etc… que ADDOOOORO!

Temos de nos forçar em tudo na vida não é? Neste momento só tenho forças para estar deitada, sossegada, tv ligava sem som, e dormir… Mas NÂO… Não pode ser… Tenho de me obrigar a contrariar o corpo… a mente é mais poderosa! (quero acreditar fortemente nisso). E lá estou a fazer esse esforço, sentada ao PC, zonza, zumbi, tudo o que é estranho sinto em mim. Não me recordo nunca ter estado neste estado “estranho” que parece que vivo fora do meu corpo, parece que não está cá ninguém… está tudo desligado.

A vida tem de continuar…

Tenho clientes e trabalho a ser adiado desde sábado, não pode ser!

Mas…

Os meus ouvidos mandam mais que sei lá… Não estão a ajudar.

Vou insistir em ficar sentada a tentar trabalhar, vou insistir em não ceder à cama… Tenho de conseguir que o psíquico contrarie o físico.

Semana Festiva

06.01.24 | Alexandra

Hoje não tenho muito por dizer...só passei para deixar mais um registo.

Esta semana o meu principe e a minha princesa fizeram anos. Ele 11, ela 5... foi uma semana de continuação das festas...parece que ando à semanas dentro no mesmo registo. Para ela, a sua primeira festa com amiguinhos da escola, foi um dia deslumbrante, cheio de adrenalida desde que acordou até ao deitar, cansada, saturada, já em modo sacrifício para estar com pessoas, já nem conseguia estar de pé, não conseguia falar, não lhe saíam as palavras... de tal que era o cansaço. Nunca se negou, aguentou até ao ultimo convidado ir embora (que já era muito próximo da meia noite). Caiu na cama... nem sei quantos segundos levou para adormecer. 

Hoje.... acordou em modo birra, modo irritada, modo "não me chateies", modo "não olhem para mim".... qualquer movimento ou atitude da nossa parte lhe dava um ataque de nervos e guinchava. Ui... que acordar tão bom!

Teve almoço "intimista" com os amigos do maninho (pois, 11 anos já não há cá festas infantis! esqueçam lá isso... pagar almoço no restaurante aos amigos é muito mais "adulto"), sempre bem disposta, feliz porque ia ter uma festa de anos de uma amiga da escola...e lá ficou. Quando fui buscar, estava triste, disseram que não brincou e que pediu para ir embora... não se estava a divertir, já tinha a sua cara de "não me chateies", e qualquer atitude dava origem a um "rugido" de quem não quer falar, mas não pode gritar, e quer mostrar que está irritada com não sei quê nem quem.

Que semana maravilhosa!

Com um trabalho de curso para terminar, com trabalhos de clientes para terminar, com tanta coisa para terminra e outras tantas pro começar.