Punisher
30-08-2023 (uma terça feira)
Estranho quando nos questionamos e duvidamos de nós próprios, quase como se por momentos fossemos outra pessoa dentro da nossa cabeça, como se de repente alguém dentro de nós questiona tudo, e esse alguém sermos nós próprios. Como se existisse outro Ser dentro da mesma cabeça, impossivel certo, mas será que só eu sinto isso? A questionar-me sobre a minhas próprias atitudes ao longo do dia, dos dias, das semanas... a apontar-me o dedo ao que fiz menos bem... a pedir justificação pelo que não fiz... a dramatizar por pequenas coisas... a questionar, questionar, questionar!!!??
Dou por mim a sentir o meu subconsciente a “castigar-me” por ter feito ou dito algo que não devia... ou por não ter dito ou feito algo que devia. Dou por mim confusa... como pode ser?
Será o tal diabinho e o anjinho que se fala nas histórias infantis?
Será mesmo que nós temos capacidades lúdicas tão além do que conhecemos? Isto acontece sempre, e muito, quando me sinto desiludida... com a vida que parece uma montanha russa sem olhar para ver se estou devidamente amarrada, comigo que pareço uma estafeta de distribuição que quando está aqui, já devia estar ali, com o trabalho que não corre como previsto parece um desastre na A5...
Porque razão sabemos o que é certo e errado, e mesmo assim, agimos como se não soubessemos? Porque razão eu acredito quando a outra pessoa cá dentro, sabe tão bem que não devo? Porque raio eu confio, quando sei perfeitamente que não é de confiar? Porque razão faço exatamente aquilo que sei tão bem que não está certo?
Porque razão aguardo ansiosamente ao longo do dia por aquilo que não vai acontecer? Eu sei que não... Porque razão espero ouvir um dia aquilo que nunca vai ser dito? Eu sei que não...Porque razão ambiciono e sonho com uma vida que não é a minha? Eu sei que não...
Então se sei tudo isso, se sinto tudo isso, se tenho certezas do que é e do que não é, do que vai ser e do que nunca vai ser.... porque raio...?
Ando desiludida comigo? Talvez sim... tem alturas do dia que me reprimo por ser como sou, por ser quem sou... eu acerdito nas pessoas, gosto de acreditar, gosto de conhecer, gosto... mas depois, vem o sabor amargo de... afinal não é bem assim, afinal as pessoas não são para ti como tu és para elas.
Sou uma palerma (proberam: palerma...aquele que não tem iniciativa, determinação ou força de vontade).
Deve ser isso...