Receber amigos
Domingo, 30 de julho de 2023:
Um domingo como tantos, cansativo como todos, desesperante como alguns...
Ontem tivemos amigos em casa, a lanchar e jantar... crianças a brincar, crianças a jogar, adultos a conviver...
Foi bom... mas é sempre cansativo para mim, mas gratificante.
Dois casais, ex-vizinhos do condomínio onde vivemos entre 2018 e 2022, onde tudo isto começou (este blog). Crianças que se conheceram e cresceram juntas durante o confinamento, e sim, este condomínio foi a golfada de ar fresco para estas 5 crianças felizardas por viverem juntas num condomíno fechado, onde ninguém entrava nem ninguém saía... e que por sorte, ficaram infetadas em simultâneo na passagem de ano de 2021/2021. A 2 de janeiro de 2021, véspera de aniversário do Bernardo, restrições máximas, toca a fazer teste covid às crianças para saber se podiamos convidar as avós para cantar os parabéns (apenas estas). Deu positivo, apenas ao Bernardo... chorou imenso, por desespero (ninguém sabia ao certo que raio de virus era este, e que consequências teria para ele, por ter asma, embora controlada... e por passar o aniversário em casa, sem escola, e sem familiares), por tristeza... por solidão. Por sorte, ao enviarmos mensagem aos vizinhos a avisar, mais 2 habitações deram crianças positivas, apenas crianças.... Ótimo! pelo menos 3 vizinhos/amigos poderiam passar o aniversário com ele, já que estavam infetados também.
E nesses 4 anos fomos fazendo convívios internos no condomínio, nos túneis das garagens, onde as crianças tinham todo o espaço para correr, andar de bicicleta e jogar à bola... mesmo em dias de chuva. Foi um escape ao isolamento... fechados em casa, embora a trabalhar sempre de dia e de noite, mas com a sorte de podermos conviver com a vizinhança. Ficaram esses momentos e criaram-se amizades...
E este fim de semana foi a nossa vez, de os receber.
A música ambiente da rua calava as conversas cruzadas, o sliêncio e os olhares observadores e contempladores do disfrute da vista... estava-se muito bem... sol, petiscos, música, desfile de carros... desfile de modelos, tudo... e como se estava tão bem na varanda. Esta varanda foi desenhada a pensar no seu uso, no seu disfrute máximo. E a vista verdejante onde espreita um palacete cor de rosa, de estilo "casa de princesa"... tira o fôlego.
É uma sensação boa de missão cumprida, por ser "criadora" desta moradia, que em tempo foi "a casa velha". Deixa-me feliz, confesso... mas é o meu gosto, apenas isso.